O grito que ecoa é a voz do aguerrido tenente
Que insistente ordena: Pelotão avançar! Avançar!
Entre as rudes trincheiras o inimigo feroz à frente
A guerra travada, baioneta afiada, a morte no olhar.
Nas mãos trêmulas de um jovem soldado o fuzil
Dispara... Não para, a granada explode, espalha.
Atinge o combatente, valente, fuzileiro bravio,
Cambaleia ferido, sente frio, perdeu a batalha.
Tombou o herói... A morte estúpida lhe encerra
Os sonhos, os planos, a promissora e ávida carreira.
Morto por outro jovem, numa insana guerra.
No esquife o corpo e uma medalha sem brilho
Salva de tiro! A mãe chora e recebe a bandeira
Que cobre o caixão do seu amado e único filho.
Carlos Cintra
© Todos os direitos reservados
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