Que silenciem as palavras
E desfaçam-se os versos que em meus lábios selei
E que se dissolva nesse silencio os sonhos que sonhei
E nas lagrimas a solidão que me tornei
Que se percam no vazio infinito
Os amores que cheguei a sonhar
E os sonhos que acreditei encontrar
Assim como as dores, que não pude evitar
Que sejam todos os versos como chuva em noite fria
E o silencio mais funesto seja pura poesia
E mesmo no andar calmo pelas ruas vazias
Que sejam as palavras as minhas únicas companhias
Que seja assim...
Não mais que uma leve e amarga nostalgia
A embalar-me a solidão nos mais tristes dias
Enquanto minha própria noite avança sobre mim em agonia
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença