PETER PAN

  
 
PETER PAN
 
Não tive um amigo invisível,
invejava Paulo que tinha um.
Não conheci nenhuma “fada madrinha”,
e nunca acreditei em “Santo” algum.
A minha vizinha
não era louca pra “dedeu”.
Não coloquei sapatinho na janela
e não esperei o Papai Noel.
Não brinquei de “Príncipe e Donzela” .
O Homem do saco não passava na minha rua,
e a bruxa malvada só ficava no papel.
Nunca vi o Dragão na minha lua,
e no meu jardim não aparecia duende.
Na minha lâmpada não tinha “O Gênio do Aladim”
Não acreditei em folclores
Nunca quebrei nem um “dedim”
Não andei descalço
Não subi em árvores
Não fui "Peter Pan"
Hoje cresci e envelheci
 
Madalena
Maio de 2013

* Paulo, citado acima, foi um amigo e vizinho de infância que vivia no mundo da fantasia.

Fui uma criança muito feliz, ( http://sitedepoesias.com/... )apesar de não ter convivido com as histórias infantis, meu pai foi muito presente; No lugar de ler as Histórias Infantis, ele lia as manchetes dos jornais todos os dias para mim, eu amava.
Na minha tenra idade sabia que sobre o Renuncia de Jango, os anos negros da ditadura, a guerra fria e os nomes Carlos Lacerda, Ademar de Barros, Castelo Branco, Brizola, AI5, Costa e Silva, Assis Chateaubriand ( meu pai era fã deste político), Perón etc eram comuns para mim.
Madalena Ferrante Pizzatto
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