Que sou agora senão
escombro vivo, ambulante.
Itinerante face do cansaço.
E o aço do peito liquefez
em escassez de riacho amargo.
Descompensado coração
entrincheirado no medo,
nem tarde, nem cedo dorme.
Quando dormir, não seja tarde,
o refúgio covarde na sonolência.
Não é desejável acordar
para escutar a cadência, a batida.
Necessária é a morte temporária
na alcova solitária de refazimento.
Nessas terras de esquecimento,
no sonho, talvez haja um momento de paz
longe das tormentas, lembranças.
Dor que ressoa nas lembranças...São Paulo
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