Flor que foi botão, que aflorou na madrugada,
abençoado pelos azuis da lua e das estrelas.
Flor singela que se fez viva e única em me jardim,
que nasceu com a dádiva do encanto, e assim seduz.
Bela que se fez musa a converter homem em poeta.
Flor que em que meio a outras tantas se fez só,
pois que aprisionou o olhar admirado e se uniu,
converteu-se em único para assim se fazer íntegra.
Flor que nasceu como bênção do infinito,
trouxe sementes renovadas e aromas primaveris.
E abraçou com suas pétalas os sonhos de um olhar,
e ensinou, com sua vulnerabilidade, a delicadeza.
Pequeno ser, porém além de si, acima do comum.
Flor em gestos suaves, em graça em seu leito vegetal.
Cores do horizonte, tons do arco-íris, tons de mulher.
Ninfa de eterna juventude, verte o milagre do amor.
E então quem desconhecia os sentimentos aprende,
quem temia as emoções já se deixa levar.
E o coração petrificado ganha vida
para bater num ritmo musical e reconhecer a paixão.
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