O Mar é o mistério,
Que ronda o planisfério,
É o silêncio da profundidade,
Quem revela a sua identidade.
Num tempestuoso inverno,
As ondas bravas viram espuma,
A leve brisa, um forte vento,
E o puro reflexo, uma negra puma.
Depois dos vestígios invernais,
Tudo chega mais calmo.
Os arenosos terrenos do cais,
Ficam mais finos que um palmo.
E por detrás do profundo silêncio,
O mar prepara grandes surpresas.
Na verdade, só colhemos o que plantamos,
Acabando por ser as presas.
Marisa Ferreira
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