Quando chove no sertão!

Cegaram os olhos da sede,
As lágrimas da natureza,
O Pajeú em seu leito,
Aumentou a correnteza,
E a Caatinga cinza da seca,
Tá verde que é uma beleza

Sorridente a natureza,
... Deu nova roupa à campina,
Nossos olhos já contemplam
Um tapete de grama fina,
E os pássaros já matam a sede,
Em fontes de água cristalina.

Já se ver pela campina,
O relinchar do alazão,
A atmosfera já festeja,
Com o ribombar do trovão,
E o sertanejo já planta,
A fava, o milho e o feijão

O retrato do Sertão,
Já se encontra diferente,
O rosto do sertanejo,
Já está mais sorridente,
E a chuva matou o calor,
Que estava matando a gente!

O clima não está tão quente,
Já sinto uma aragem fria,
A chuva mudou o clima,
Trazendo grande alegria,
Pois, quando chove no Sertão
Brota até poesia.

Pr. José Rodrigues
© Todos os direitos reservados