UMA FANTASIA DE AMOR SEM MEDO

Ofuscado pelo deslumbre
Da tua festa de debutante,
Refugiei-me no negrume
Da minha insignificância gritante.
 
Giravas pelo salão ao som de melodias
Levada por jovens cavalheiros,
Todos refinados demonstrando fidalguia,
Quanto a mim, voltei para o meu palheiro.
 
De nada sabes e nem saberás,
Que eu te amo em segredo,
Na minha obscuridade tu viveras
Comigo uma fantasia de amor sem medo.
 
Como posso eu um sem nada aspirar à lua?
Estás tão distante de mim
E eu distante até da sombra que é tua!
Maldigo a vida, por que tem de ser assim?

Existem amores impossíveis de se tornarem reais, e aos que aspiram estes amores o consolo é sonhar é viver a fantasia de um amor impossível.