Eu sou uma velha palmeira
Que ainda suporta vendavais.
Guardo comigo a esperança primeira,
Esperança que não perderei jamais!
 
É ela que mantém a chama da vida
E faz o sangue correr em minhas veias.
Mostra-me que a sobrevivência é uma corrida
E que sou um importante elo na cadeia.
 
Felizes são as ondas no mar,
Que não envelhecem com o tempo.
Felizes são os pássaros livres a cantar
E os animais silvestres no campo
 
Feliz é aquele que tem sonhos,
Que cada dia se faz renovar.
Feliz de quem não tem olhos tristonhos
E nem perde tempo na vida, a chorar!
 
Eu velha palmeira também sou feliz,
Com muitos sonhos e muito vigor
Ainda é forte a minha raiz,
Mesmo palmeira velha, eu ainda dou flor!
 

Corre o tempo e marcas vão ficando, nem todos se dão conta de que o tempo é inexorável e dele se origina o passado
sendo ambos imutáveis. Eu sou uma velha palmeira lutando contra o tempo e perdedor com certeza!

Em casa um dia pensando na vida