A noite espreita a rua vazia, envolve com suas teias sorrateiras a lua,

envolta em sedas e rendas.

Lua calada! condenada a vagar sozinha seque seu caminho,

oscilando sua claridade entre nuvens frágeis como vidro.

Embaladas nas promessas que o mundo sopra no vento.

E o tempo, faz galhofa da ousadia dos ciganos e adivinhos,

que tentam ler na lua fria o livro proibido do destino.

Tentam de todas as maneiras mudar a sorte, e a cor dos seus caminhos.

Cristiane Coradi.

Não vejo mais a revoada dos pássaros,
nem o brilho tênue das estrelas brotando no barrado da tarde que se vai...
cris coradi
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