Um pequeno papel,

veio o vento,

soprou,

redemoinhou,

pegou o papel

e o levou

espaço acima.

Virou,

foi lentamente,

seguiu sem rumo algum.

Prendeu-se num fio invisível,

virou,

foi seguindo,

seguiu seu nada.

Era o papel

confundido com o espaço.

Era o espaço

misturado e misturando

com o papel.

Quase despercebido,

de difícil visão,

atrás de uma árvore

perdeu-se

Na imensidão.

perdeu-

 

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