Já não mais carrego comigo a mesma alegria da infância
Até mesmo o amor que um dia sonhei
Tornou-se apenas mais uma lembrança
Num quadro negro chamado distância
Essa mesma distância que tornou-me longa a vida
E preencheu-me de versos a existência,
Essa mesma, que lançou-me no vazio do silêncio
De onde jamais retornou minh'alma
E assim, vazio por dentro e destemido por fora
Vagueio sozinho pelo mundo afora
Como um cego a procura de luz
No limiar de cada aurora
Tropeçando em versos e em prosas
Colorindo as palavras e rabiscando a vida
Com letras soltas e sentimentos vivos
Enquanto por dentro a alma chora
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