Posto-me ao chão a vislumbrar teu voo,
a me imaginar bem alto, ter o teu consolo,
a me ver sorrindo e contigo indo...
Dois em um, colados, calados,
como em voo solo.
Voo sem volta pra viver um sonho
entre densas brumas, sobre oceanos,
refletindo amor nas ondas noturnas,
causando inveja à lua que se põe soturna.
Mas prevalecem a covardia e o medo...
Pássaro sem asas, a voar não ouso.
Sem sequer começo, quebro nosso enredo
e fico no chão a ouvir teu canto...
sufocar meu pranto.
Tamires tian
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