Depois do silêncio quando surge a aurora
E que não demora vem o sol despertar.
Cresce o horizonte em um fulgor de cores,
Iluminando as flores perfumando a manha.
Pernas coloridas congestionam as calçadas.
O dono da farmácia limpa os óculos.
Atravessa a rua um cachorro apressado,
Cruza o céu um avião feito fumaça.
Recaí sobre o dia um ar de monotonia,
Sobre os operários o cheiro da construção.
Na casa sem números vive um homem doente.
No desespero das vozes um grito de solidão.
Rafael martins
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