Meu sol negro perece no norte,
No céu ondulado,de pouca firmesa,
Em que serpenteia a névoa turquesa,
Nas terras vastas do dominio da  morte.
 
No sol há um profundo corte,
Por onde jorra um véu de tristeza,
Mas esse lugar de estranha natureza,
Tem mais mistério com uivo sombrio o coiote.
 
É um mundo, vago,de solidão e medo,
Só a alma que vaga partilha do seu segredo,
Aprisionada na senda adornada por montes.
 
Óh,o sol  negro da noite, porque não brilha,
Para a senda cumprida em que vaga a filha,
Com os olhos ofuscados para todos os horizontes?
 
 

Valéria Leobino
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