Seu clamor tem  voz miúda,
Chega ao meu coração atento,
Trazido pelo murmúrio do vento,
Óh,flor  das trevas,quase muda.
 
Pelos submundos,vaga desnuda,
Presa ao no próprio pensamento,
Indagando se caiu no esquecimento,
Pois ninguém,atende seu pedido de ajuda.
 
Andando pelo solo lamacento roxo escuro,
Quem terá o poder para derrubar o negro muro,
Que te aprisiona e nas trevas te esconde?
 
Posso ouvir ao longe,um eco de voz que chora,
Implorando o banho de cintilas da aurora,
Como chegar até você?Devo seguir para onde?
 
 

Valéria Leobino
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