Sigo a curva que corta o meu destino
Visto as roupas que eram do meu pai.
Observo calado os anos passarem
Dentro de mim um poema se constrói.
Tenho idéias que o tempo nao corrompe
Deixo magoas pelo caminho onde segui...
Já não reflito imagens nos espelhos,
Enxugo as lágrimas que o tempo consentiu.
Ouço as ondas quebrarem no silêncio
Na praia deserta de frente para o mar...
Um barco navega em busca do tesouro
Mergulhado em sonhos,em meio aos corais.
O frio invade o calor do meu sossego
Congela sem receio meu dia vazio
O vento bagunça os cabelos grisalhos
Do guarda que passa no seu uniforme azul.
Rafael martins
© Todos os direitos reservados
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