Germina das sombras, ó! Flor do supremo quebranto!
Orvalhada em trevas, suaves pétalas de clamor exangue...
Atração das atrações, crescente em apodrecido sangue,
És a noiva do sepulcro, tens um místico encanto...
Sensação louca quando te observo... Sentido pífio...
Apanho-te sem me importar com os espinhos; quero tua beleza!
És incomum, és rara! Treva entre as trevas da natureza
A qual domina meus sensos tal como um magnético vício...
Flor que inebria com seu perfume fatal e gótico...
Brasão que unifica todas as flores em um desenho exótico,
E, em ânsias de eclípticas paixões se impõe, domina...
A rosa negra que vi um dia era como o amor fatal
Que penetra e perscruta a alma e toma-a com impudor penumbral,
Tornando-a uma alma negra, um céu morto só com aves de rapina...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença