Fale-me sempre da paz
Jamais me fale de guerras;
Fale-me sempre de amor,
Jamais me fale de ódio;
Fale-me sempre de alegria e flores,
Jamais me fale da dor;
Fale-me cada vez mais dos bons valores,
E bem menos dos antiéticos;
Fale-me dos grandes amores,
E fale-me deles em tons poéticos,
Mas não me fale jamais no desamor;
Fale-me de gente feliz e contente,
Jamais me fale de miséria e fome;
Fale-me de verdades tão somente,
Jamais me fale de quem não honra o próprio nome;
Fale-me de florestas e matas,
E também de cachoeiras e cascatas,
Mas, jamais me fale da devastação da natureza,
Que nos causa revolta e tanta tristeza;
Fale-me de gente de caráter e bem sensata,
Mas não me fale de persona não grata;
Fale-me do pão nosso de cada dia,
E jamais me fale do absurdo da pobreza;
Fale-me de rezas ae Ave-Marias,
Jamais me fale de céticos incrédulos;
Fale-me dos que têm fé e por isso são crédulos;
Nem me fale pois daqueles que não creem,
Fale-me sempre da pureza das crianças,
Lindas em sua inocência celestial,
Jamais me fale dos homens indignos,
Que nos tiram o amor proprio e a esperança;
Fale-me da união entre todos os povos,
Mas não me fale do terrorismo bestial,
Que nos amedronta e faz tanto mal;
Fale-me bem mais da palavra de Jesus,
Que nos redime, conforta e acalma,
E enche de paz a nossa alma;
Jamais me fale da violência nas cidades,
Que nos deixa patéticos com sua perplexidade;
Fale-me dos artífices Prêmios Nobels da Paz,
Que trabalham em prol da humanidade,
Jamais me fale de tiranos e ditadores,
Que governam às custas dos seus horrores;
Fale-me bem mais das coisas do coração,
E me fale também das graças do perdão,
Não me fale que este mundo não tem solução,
Apesar da inversão assustadora dos valores;
Fale-me afinal de possíveis sonhos sociais,
E jamais de sociedades desiguais;
Fale-me por fim, do valor de uma vida,
Pelo poder de Deus eternamente ungida!
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