Quebrada estátua da vaidade, ídolo o qual mortifica.
Lótus, tu és uma flor búdica, cheia de luz;
Mas vejo em ti a tórrida ignomínia que se traduz
No flóreo luar, no vale onde o supremo lupanar fica...
Este calvário para onde carrego a minha cruz
Está no teu misticismo o qual minha alma não explica!
Não és flor! És mulher! E por isto, tudo se complica:
Pois diante da tua presença, a minha se reduz!
Ígneo amor por ti formalizei em meus votos!
E a vi se despedaçar dentro do cálix de minha oração
Como a própria flor em meus sonhos ignotos...
E ria o espectro da morte: O violento ladrão,
O qual levara a figura religiosa da lótus
A libertina pantera que mastigou meu coração!
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