Vislumbre Do Inimaginável

Vi aquilo que talvez nenhuma mente conceba: Um sentimento,

Mas não o vi em outro ser e sim a própria essência do mesmo, nada etéreo.

Como se fosse uma entidade acima de qualquer mundano entendimento

E me perdi na ideia daquilo, como um louco, fiquei aéreo.

 

Quantos espaços vazios foram preenchidos! A lacuna de cada momento!

Fiquei repleto, mas a mente não comportava um ideal tão sério

E foi subindo e descendo, entrando e saindo de um estranho arrebatamento

Que poderia ser tanto celestial quanto funéreo.

 

Perdi-me ao ter aquela maravilhosa, mas tão aterradora visão.

Já não sei mais definir se não há sentimentalismo em cada detalhe.

Acelera, palpita, entra em frenesi, ó! Meu coração!

Pois por aquilo que vi, não há quem não batalhe!

 

O que eu senti e sinto? Creio que não tinha a resposta até então.

Era como um segredo universal e é mister que eu o espalhe

Aos quatro cantos do mundo, para que cada humano chegue à plena realização

E neste objetivo é crucial, vital até que eu não falhe.

 

Como se fosse uma música suprema, mas sem nenhum som.

A sensação mais perfeita, como se Deus tomasse conta de mim,

Invadisse meu corpo, mente e alma e senti tudo o que é bom

No universo em um milésimo que pareceu um instante sem fim!

 

Não tenho como expressar o que vi, em nenhum idioma, nenhum tom,

Mas desejo fazê-lo, com o furor do máximo estopim!

Se isto é o que Deus representa, eis o absoluto, o infinito dom

Que qualquer um ambicionaria para ascender como um serafim.

 

Meu olhar enxerga o mundo de forma diferente, enxerga em outra cor

E agora sei que te amei, ó amada de um jeito firme, mas impalpável.

Senti naquele sonho, em ti, o perfume de cada flor

E toquei teu corpo, mente e alma em um querer inefável...

 

Algo grita internamente em meu ser, pronto para sair, liberar seu calor!

Arde como o fogo e ao mesmo tempo é frio como o gelo, é tão agradável...

Eis que vi o que de fato significa e o que senti toda a minha vida por ti: Amor!

Mas um amor tão intenso, minha deusa, que beira o inimaginável...