Dias felizes eu vivia nos tempos de minha infância;
A família nada tinha, mas havia a esperança.
Meu velho pai trabalhava para nos dar alimentação,
Roupa, saúde, remédio e uma boa educação.
 
No terreiro ou na calçada ajuntava-se a garotada
Numa inocente diversão: Empinar papagaio no campo,
O cansativo pego ladrão, o jogo de bola de gude
E o gostoso rodar pião... Quem nunca brincou dessas coisas:
 
Bamboleio, roda gigante? “Anelzinho rodou, rodou
Em que mão ficou?”Era o que eu mais gostava,
Pois, com muita sorte beijava as faces de minha amada.
Hoje tudo que restou é uma boa recordação.
 
A tristeza invade a alma quando vejo criança parada
Diante de uma televisão. Vídeo game, internet
E tal de “face book” adoecendo a juventude,
Fazendo a criança sedentária, da um aperto no coração.
 
A criançada esqueceu o doce pegar na mão,
Ou talvez nunca aprendeu o namoro escondido;
Numa romântica declaração beijar a face rosada;
Na inocência infantil, sonhar com a amada e Jurar amor eterno.
 
Não sou contra o progresso; não sou contra a evolução,
Porem me sinto agoniado com a tal informatização,
Pois sei que ela é importante, mas não faz assim tanto bem
Aos futuros habitantes do nosso mundo querido; nossa população.