Não há como colocar termo em algo tão intenso e tão profundo
Quanto o único amor verdadeiro. Ela se foi, para um ermo mais além
Do que o término de um pacto... Há um abismo que nos separa, um mundo
E é tão forte a dor da perda que é como se eu tivesse ido para este ermo também.
Sinto-me alucinado. Afogado em ondas de um mar bravio e iracundo...
As juras de amor tão verdadeiras e tão eternas permanecem intocadas, sem,
No entanto, estares próxima a mim... Eu fiquei, tu fostes e agora me inundo
Na tormenta da solidão e sofrimento minha amada... Tua silhueta meus olhos não mais veem!
A morte é o único desfecho para os sentimentos, é impossível ser imparcial...
Tua ida é para mim a queda do universo, uma fissura em meu chão, meu poema final
E choro escandalosamente diante de saudades que só na eternidade serão sanadas...
Eu te amo infinitamente, mesmo na morte! E esta lacuna, este lúgubre trecho
De minha vida, me fazem ser bom, paciente e leal para que em meu desfecho
Possa eu te encontrar e mostrar o quão verdadeiro é o meu amor nas regiões sonhadas!
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