Às vezes me sinto música. Sinto-me linda.
Claro! Uso as crases corretamente.
Insinuo uma vírgula sem interrogação.
Pra quê? Se eu exclamo a posição.
Sentes-te música, poesia lúdica,
Sem interpretação, não quero que penses,
Apenas que leias e que digas o que sentes.
Seja ela poesia erótica ou poesia púdica.
Então? Nada como ser um ponto e vírgula.
O traço serve para união ou contra posição.
E o tom que escrevo é sem noção. Apenas um tom,
Tipo o Báton que uso agora para enfeitar meu rosto.
Com ou sem enfeites, é o amor que te regula,
Envio-te enfeites para a tua bela evolução,
Para juntar ao teu rosto e ao teu Báton,
Envio-te mil beijos à face, usa-os a gosto.
Quanto gosto, tenho em decifrar o ponto.
Finalmente, eu paro para pensar nesse ponto final,
É o meu mal achar que o travessão ainda existe.
Como uma pausa a multiplicar minha existência.
É apenas convenção, afinal não existe esse ponto.
Parar para pensar nele é no mínimo um sinal.
Que apesar do travessão o espirito ainda resiste,
E para provar que persiste, temos a ciência.
Assim a vida segue um rumo espetacular.
As músicas me servem como inspiração.
Ouço a melodia e faço verso, um ocular.
Creio que a dúvida não seria do meu coração.
Um rumo que nem todos querem observar,
Embrenhados nos desejos e na paixão,
Repetem o mesmo caminho sem reparar,
Que caminham apenas na ilusão.
:O)Entre-Terras
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele