Como todas as vezez, me despedindo de você em minhas folhas de papel. Mensagens de um coração acostumado à essa dor, dor que cria frases tão profundas quanto o buraco em que um dia eu já estive. Despedindo-me de você, virando a esquina. Coração exprimido, sinto sua falta.

Em todas nossas despedidas olho profundamente em seus olhos e quando pisco e vou embora meu sol perde a luz e à noite eu perco o sono. Tiro de cada uma dessas despedidas uma grande lição de amor, a que a cada vez que estamos juntos mais junto de você eu quero estar e que a cada vez que estamos longe um do outro me sinto distante de eu mesmo, como um espelho à metros de distancia, que contém minha imagem partida em estilhaços refletindo assim meu coração também.

Sinto falta de ficar te olhando, de vê-la sorrindo. De ouvir sua voz, de seus abraçõs e dos seus beijos, sinto falta de respirar junto de você em momentos que ofegamos de prazer. Sinto falta do seu corpo colado ao meu.

Sou homem sábio, que cicatriza a cada dia dores tão profundas que as afoga no esquecimento. Que sábio eu seria se tudo não sei? Ainda me falta aprender a me lidar com a falta que eu sinto de você. A saudade é uma inimiga que me vence todas às vezes quando eu viro a esquina guardando em minha memória um último olhar para seus olhos escuros e profundos, imaginando quando irei vê-la novamente.

Eu digo um tchau choroso com meu coração. Até sabe-se quando.

 

valdez freitas
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