Tocar bem de leve
Tua alma, mel selvagem
Teu rosto rosa-leve
Teus medos da passagem
 
Dizer bem baixinho
Palavras amorosas
Cantigas sem espinhos
Juras em verso e prosa
 
Dormir teu sono
E engolir teu vinho
Pra sonhar teus sonhos
E embriagar-me no caminho
 
Fazer-te até aqui flutuar
Em passadas alargadas
Sem o chão tocar
Sem deixar pegadas
 
Assim amando em insanidade
Faço culto à poesia
E não me incomodam as verdades
Faço delas (reais) fantasias