Minha inquietude se compara
Às ondas do mar que não para
Que não tem calma
E vive num vai e vem sem sossego
 
Sou inquieta, muito irrequieta,
...Não consigo ficar quieta
Quero novos conhecimentos
Minha inquietude não me permite ser obsoleta
Quero mais, muito mais
Dos amigos, da família, do trabalho
Da sociedade, dos políticos e dos homens
 
Minha inquietude quer sempre mais
Do que o outro pode me dar
Do que ao outro posso ofertar
Enfim... d’vida... quero muito mais
 
Na minha inquietude
... vivo como arquiteta
Construindo e reconstruindo meu espaço
Que nunca se completa
... E apesar da motivação
Traz-me um enorme cansaço
 
Meu espírito inquieto... muitas vezes aflito
Não me permite sentir solidão,
Segue buscando na multidão
Um amor...de preferência um partidão
Que acalme minha alma inquieta.
 
Ser irrequieta é minha sina
Mas é também minha adrenalina...sempre em alta
Que me permite estar atenta
Buscar novos amigos
E fugir das situações de perigos,
...assim prossigo, até um dia, quem sabe,
Descansar... e estar quieta
 
Quando esse dia chegar (Não falo da morte)
Quero ter comigo... sem arrogância, e por conveniência
Toda minha irreverência,
...Irreverência - que traduz minha juventude,
Que me permite ser sempre inquieta
 
Minha inquetude é consciente e conveniente,
além de um forte ingrediente na busca de ser eficiente.  
 

Escrita no momento que não consigo parar... final de semestre, trabalhos para corrigir, bancas de monografias, casamento do meu filho, chegada de mais um netinho, reforma no apto, e a busca de um novo amor.

Natal, RN, 04 de dezembro de 2011. (16:00 hs)

Ildérica Maria de Souza Nascimento
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