O vento roçava a sua pele alva
Com o desespero da noite pálida
Sombria, nostálgica e insistente
Parecia-me calma, madura, exigente.
Na relva, no segredo ausente
Condenado a vagar na escuridão
Com toda a volúpia incandescente
Perdi eu, a perplexidade da emoção.
Nas pálpebras gentis do sono amado
Estou eu a sanar o espetáculo honroso
Como em noites frias os seres culpados
Das cálidas ações de um momento majestoso.
Fábio Avanzi
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