NAS MARGENS
Nas margens desse rio onde navegas
Deixando o curso calmo do seu leito
É onde nas loucuras tu te entregas
Por culpa do amor que tens no peito
E quem te visse assim nessas refregas
Fazendo o que te sentes com direito
Os longos devaneios que não negas
Que fazem em gemidos louco efeito,
Diria que perderas o juizo
Sem ver nessa loucura o paraíso
Que atingem os amantes fervorosos
Também a água sobe... e quando inunda,
A terra torna fértil, mais fecunda
Os frutos amaduram mais gostosos.
Joaquim Sustelo
Joaquim M. A. Sustelo
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