IPÊ

 
 
A seca assola o cerrado
Tudo começa a mudar.
Com o  ar sem umidade
As folhas começam cair
E o solo a  rachar.
Do sol impiedoso,
Não podemos fugir.
Tudo parece sem vida,
Sente-se o verde esvair.
O riacho diminuindo água,
a cachoeira sumindo.
Eis que surge majestoso,
Como amarelo do ouro,
Tu estás a vestir.
Vislumbra os olhares
Tudo parece sorrir.
És tu meu IPÊ amarelo
Que encanta com tanta beleza
Até suas flores caírem.
E para a alegria de todos
O IPÊ roxo começa florir.
Encantando todos os olhares,
Até o IPÊ branco surgir.
Apesar de toda seca
Somos agraciados
Com  tamanha beleza.
Nativo do cerrado
Meu IPÊ multicor,
Símbolo da vida na seca,
És brasileiríssimo e amado.
                     C. Dourada, 03/09/2011

VALDIR A. SILVA
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