Vômitos da minha alma.

Vômitos da minha alma.

 
Pairam sobre mim os pára-raios da angustia;
(quero ter algo que não sei onde buscar). Tenho
domingos felizes e coloridos, creio eu que são felizes...”Eu nunca estou só sempre estou acompanhado da minha consciência”. Por vezes penso que a minha espécie esta em extinção e sem egoísmos ou egocentrismos acredito ter nascido fora do meu tempo. Quis o destino que eu viesse ao mundo fora de época, os anos foram se sobrepondo um após outro, tantas velas que daria para salvar muitas almas do purgatório. “O dia amanhece os pássaros gorjeiam alegremente porem não me trazem nenhum conforto”. A lucidez me tele-transporta para a (idade da pedra) túnel do tempo sem uma luz a vislumbrar. “A loucura desanuvia minha mente e me liberta desta insana lucidez”. Gostaria de ver meu pai mais uma vez e, vestido de filho pedir sua benção e dele ouvir uma canção de ninar. Quero recompor em silencio os meus reais sentimentos sem traumas nem culpas, apenas com o propósito de compreender a vida e fazer dela um abrigo onde a felicidade pudesse ser compartilhada sob um mesmo teto entre eu e o meu próximo. Guardo os fatos nos (silos) da memória.
Regurgito meus pensamentos depois os converto em palavras e as palavras são os (“vômitos da minha alma”) que peleja bravamente e mesmo angustiada recita versos ao amanhecer.    

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Jose Aparecido Botacini
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