Todos que respiramos o oxigênio
E todo o gás,
Temos duas vidas e no extremo,
Interstícios de loucura e paz.

Com uma, em várias fases,
Travamos lutas contínuas
De rua.

Co´outra, construímos nosso sonho
Quase à meia distância
Da lua.

Semelhante ao universo
É a vida bipolar:
N’uma, só tempos beligerantes
Por um lugar ao sol.

À com que se deleita
Há uma relação estreita
Entre o físico e o emocional

- o mistério em rol –

há no cotidiano processo
de ambas
a necessidade de amar
a outro e a si, involuntária e humana.

Curitiba, 06/04/1995