Não sei se na vida tudo passa
Só sei que a vida corre, através de uma vidraça
Que pode ser de cristal ou vidro só!

Quis a fortuna que, por essa vidraça, eu vi o mundo
De forma bonita, alegre, simplista
E assim correram os anos da infância e adolescência

Veio a idade adulta e com ela a vidraça turvou
Como se estivesse suja, estragada pelo tempo
Hoje ela é baça, feia, de um tom pesado

Mas, amanhã, depois de bem limpa, voltará a ter brilho
Voltará a ser alegre, bonita, transparente
Como a aprendizagem dos anos que vou vivendo.