DA NOITE E SEUS OLHARES

 

A noite é minha.
É rainha.
É ordinária.
Se deita nos bancos das praças
se refestela
se banha em chafariz de água fria.
É sentinela
é avarenta
é vadia.
Se diverte
beijando a linguagem abstrata
de cada sombra
em cada esquina.
A noite é andarilha
é perfumada
e envolta em sedas
se faz mulher.
Atiça sonhos
rompe tratados
adoece os homens em seus folguedos.
É ira fria
gole de Absinto
é brancura do luar.
A noite dobra os destinos
e seus afins
traz os castigos
os desencantos
os fatalismos...
A noite é uma mulher que te sorri.


 

A noite é andarilha
é perfumada
e envolta em sedas
se faz mulher...

Curitiba - Pr

Luciah López
© Todos os direitos reservados