Era o tempo da paixão desabrochar,
Caminhar sob a chuva de mãos dadas,
Matar aulas nas manhãs ensolaradas,
Pular cercas nas noites de luar.
Era o tempo de amores e amizades,
De sentir-se descoberto em outro ser,
Sonhar junto e fazer realidade,
Que sonhar é o princípio do fazer.
Era o tempo de inventar novos ofícios,
Mudar rumos e saltar os precipícios
Pra rompermos os cordões umbilicais.
Era o tempo de deixar a meninice,
Ir ao fundo e voltar à superfície
Pra podermos ir além de nossos pais.
Carlos Augusto Cacá
© Todos os direitos reservados
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