Versos só versos.

Uma andorinha
ensaiando pouso,
a velha história se repete,
a utopia pede licença
e fica a espiar o sol
no outro lado da rua.
 
Insônia na madrugada,
surgem-me idéias travessas,
de juntar nossas cabeças,
sobre uma mesma almofada.
 
Neste mapa do destino
que são as linhas da mão,
tenho rios de saudades,
e mares de solidão.
 
Nesta simples trova eu canto;
-Qual é do amor todo o mal?
Pois se resume num ponto,
o triste ponto final!
 
É difícil deixar o que é impossível,
pois a fantasia de ontem é a
esperança de hoje e a realidade
do amanhã.
 
Se amar é viver,
viverei alem da vida,
porque ti amo alem do amor.