Crianças do Real Engenho
Jorge Linhaça
Quantas crianças, de tenras idades
Quantos os sonhos desfeitos no ar
Quantas as poças rubís a secar
Sobre o cimento deixando saudades
Quantas promessas, singulariedades
Foram levadas nas ondas do mar
Num mar vermelho, num novo lagar
De rubro azeite e perplexidade.
Pelas crianças do Real Engenho
- Hoje "Realengo" chamado por nós
Numa form'assim bem mais sincopada-
Canto meu pranto que com'eles tenho
E nesse pranto não estamos sós
Chor'oje a pátria vilipendiada.
Arandu, 9 a 12 de abril de 2011
Jorge Linhaça
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados