Acalento de um Sertão

A terra que tive por lá,
Nunca mais tive por cá!
A chuva que tive por lá,
Nunca mais tive por cá!
As riqueza que tive por lá,
Nunca mais tive por cá!
O amor e paz que tive por lá,
Nunca mais tive por cá!

As vida que corre como fio,
Fio de areia , por que por cá, água é que não há de há!
As comida que sonhamo em tê,
Nesses campo é que não há de nasce!

Tanta areia,
Tanta seca,
Famílias faminta,
Poço seco, os animal morto.

Afinal,
Que mais tinha por lá,
Que não tinha por cá?

Tão amada chuva que me faz chora;
Tão amada terra que me faz planta;
Tão amada terra que de tudo dá;
Tão amada fé que vinha em cachos e pencas;
Tão amada esperança que nos faz reaviva.

Nesta terra onde tudo dá, dá também,
A vontade de volta pra cá,
Dá também, a esperança de um dia meu sertão cresce,
Pra pode de tudo como cá, nascê...

Rodrigo J
© Todos os direitos reservados