Quantos seres em nós se escondem,
Quantos por encontrar,
Quantos contigo e por ti falam,
Quantos ainda tens a escutar,
Quais evitas, de quantos foges,
Quais a sentir e a usufruir.
Quais procuras, esperas,
Qual mais queres ouvir em ti intervir.
Se por eles lutas, a seu tempo serás,
No fim é sempre tua a decisão,
Uns com as duras realidades,
Outros com pura ilusão,
Outros com o que nos desperta saudades.
Não te escondas, não evites andar,
Afirma o que sonhas,
Permite-te respirar o ar puro,
Deixa de contigo ser duro,
Isto é vida, não é castigo,
Num tom animado prossigo,
Respiro, até te abraço amigo,
Inimigo doutras escolhas.
Quando em mim viajo,
Recordo, sobrevoo as memórias,
Um bando de histórias,
Diferentes formações, emoções,
As necessárias quatro estações.
Alegre, triste, revolta, esperança,
Em enumeras glórias percebestes a queda,
Percebes o que com vontade alcanças,
Não te deixes por ela dominar,
Sonha o teu lugar, será o teu mundo,
Sonhemos em conjunto,
Neste sonho toda a gente tem lugar,
Respiremos fundo, é difícil
Mas não impossível de alcançar,
Dar a mão, num ombro encostar,
De sorrisos e paz o mundo é fecundo.
 

Com tanta gente a morar em nós, a viver por nós...
Uma multidão vive em nós, só quando percebemos o isolamento dos conceitos temos a revelação do que é estar só!

Desejo-vos tudo de bom!

Abraço