Caminhando entre espinhos,
Cortando-me sem parar,
O sangue escorrendo por minhas roupas,
Escorrendo por minha pele,
Marcando o chão por onde pisei.
É difícil saber que cai em uma cilada
Tão mal feita,
Tão simples de perceber.
Você me cegou,
Usou suas armas para me fragilizar,
E conseguiu.
Hoje vivo assim,
Furando-me com espinhos,
Chorando como uma lunática.
Sangro mais que acidentado,
E a cada gota que escorre de minhas veias,
Uma lembrança sua vai embora.
Preciso me livrar do teu veneno,
Que me infectou.
Hoje sofro para tirá-lo de mim,
Mas cada corte que tenho em meu corpo,
Faz-me tirar seu veneno,
Seu maldito veneno.
Seu amargo veneno,
Só me deixou forte,
Pois os cortes que faço,
Não doem mais,
Não machucam mais,
Por que isso é para tirar você de mim.
Linny
© Todos os direitos reservados
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