É sempre a mesma coisa.

As mesmas palavras,

As mesmas dores e

Aflições que tanto

Destroem meu coração.

 

Podre coração,

Chora tanto

Por pouca coisa.

 

Se destrói com

Um simples toque,

Matando sua alegria,

Reinando a dor.

 

A canção que canto

Em meus momentos de dor

É o desabafo que sai

Junto com as lágrimas

Do meu ser que tenta fugir.

 

Já não sinto mais vontade

De sorrir, de amar.

Somente aquela dor latejante

Que interfere em meus sentidos,

Deixando-me por vezes tonta.

 

A interferência é tão bruta

Que apaga tudo ao seu redor.

A dor domina meus sentidos,

Fazendo-me ficar cega e

Não encontrar o caminho de volta.

 

Quero refazer meus passos

Sem interferência.

Quero voltar para teus braços

E ouvir você dizer:

‘Meu amor’.

 

Preciso de você aqui,

Venha me abraçar,

Rasgar meu peito para a dor fugir

E me console quando tudo acabar.

 

Sem interferência

É assim que vivo hoje:

Feliz e sorridente,

Amando e sendo amada.

Ouvindo as mesmas palavras de sempre,

De sua voz rouca e abafada

‘Meu grande amor,

Você voltou para meus braços’.

Linny
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