BARCO DESAMARRADO
Sou barco, de porto desamarrado,
Ando por aí, sem rota,
Nem sempre bom vento agarro
Nem me junto a grande frota
Nas voltas que dou, à deriva,
Dou voltas ao mundo e a mim,
Milhões de rotas tem o mar da vida
Numa delas meu barco terá fim
Quando já de velho ou abatido
Ou num mar naufragado
Serei mais um barco desaparecido
Quando,
Atraído por mar, de manso disfarçado,
Ou por altas onda engolido
Ou por tempestades despedaçado
Ouvireis do mar forte rugido
Sou eu que continuo desamarrado
Desde que do porto mãe partido
22/06/04
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Silvino Taveira Machado Figueiredo
© Todos os direitos reservados
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