Exaurido e falso coração, por que
Chorras a dura e amarga sina?
Porque guardas no seio a espera
De um bem adormecido?
Insensato coração, porque dormes
Na esperança quebrada pelo o tempo?
Porque sorris em sonho mórbidos?
Por que de alegres esperanças traveste-se
De mentiras?
Porque naufraga-se em beijo nunca dados?
Insensato, és insensato e frio;
Insensato, sei revidas; revidas a força
Quebrada pelo o seu não viver...
Insensato... és insensato e frágil. Dormes
Nos lábios do tempo, caminhas nas
Veredas das esperas, e estaciona
No berço escalavro das saudades.
Vantuilo Gonçalves
© Todos os direitos reservados
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