Meus Irmãos de Teresópolis


Já não sei disser o que
é dor.
O mundo que conhece
Não é o mesmo em que
vivo.
Quando olho para o
rosto de meus irmãos
Vejo a esperança de
salvação divina.
Quando olho para o
rosto de nosso governante
Vejo uma paz
Que transcende a tranqüilidade.
Posso caminhar pelas
ruas de meu bairro
E vejo os semblantes
despidos de alegria,
Não houve nada com este!
Porém é impossível
O Rico não empobrecer
se.
Penso nas lagrimas que
não caem,
Será que não tenho empatia?
Mas eu respiro o pó das
casas sendo varridas pela lama.
E ainda ouso
O berrar das pobres
crianças
Que não verão seus pais,
Medito
Nos homens que perderam
suas esposas,
E sei
Do desespero das
mulheres que pensam em seus homens desaparecidos.
Cada dia nisso acredito
Que a vida é apenas um
sussurro

Não há o que disser

Meu quarto - Catastrofe natural em teres

Nils
© Todos os direitos reservados