Sou vendedora de sonhos, e versos que componho,
depois que me arrancarram as flores, e no silêncio das pétalas, sem vida nada sinto,
nessa rua larga e vazia, estou só
noturno como um pirilampo vadio, clareando a noite escura, tão só
como um cristal pingo de chuva, que se perde na terra seca.
Bê bado de madrugadas frias para preecher o vazio de bares a beira de cais
Noturno, e vazio em névoa fina, como um frasco vazio, que quebrou meus próprios passos
me rasga a alma em pedaços, como asa de um pássaro
Noturno.
AUTORA CRISTIANE CORADI.
cris coradi
© Todos os direitos reservados
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