O amor é crente,
Ele acredita, ele descrê
No amor figurante
Que mesmo na figura,
Na mesura, na gula,
Sua altura, atua,
Porém entrega-se ao
Desconhecido.
 
Em face imaginária,
Acredita, desdita,
Fita o filme retrospecto proposital
Que necessita de uma crença,
Uma esperança, criança vira,
Andança pira,
entregando-se ao desconhecido.
 
O fato é que nenhum deles
Foi insigne, maligno fraco,
Maldito forte, falso signo
De acordo com seu curso,
Nenhum deles.
 
Por isso creio na infâmia,
Todos me fazer crer,
Porque sua falsa ideologia
Não foi convincente.
 
O falso é aceito, sim,
Desde que me faça crer como verídico,
Que mal tem nisso?
O amor é um romance,
O amor é faceiro,
O amor é rasteiro,
O amor é forasteiro,
O amor é maneiro,
O amor é romeiro.