Perdidos por esses inconfidentes, igrejas,
Morros, numa história que, todavia, poderia ser a minha,
Estavam nos confins da sacada de uma casa.
Benjamim avistava Ana Luiza,
Em comprimentos labiais os nomes decifrei.
Os olhos dele banhados em ouro brilhavam
Em direção a ela e ela refletia-lhe, retribuindo
Em sorrisos grandes e floridos seu furor,
Porém não lhe pertenciam.
Um sorriso.
Ela sentindo o rastro de seu olhar em sua direção,
Quentes e instigantes,
Mas ela disfarçava.
Não sei bem ao certo dizer-te como começaram a
Entrelaçar-se, em sorrisos,
Traduzindo em relances fleches fraternos,
Não eram maliciosos, mas ternos.
Ele gesticulava e ela sorrindo concordava
Ela dizendo algo que eu não podia decifrar e
Nos intervalos de seu sorriso dizia-lhe algo e ele encantado
Sorria sem desatinos.
A noite desabava sobre meus ombros e eles, românticos,
Banhavam sobre mim o peso do arrependimento tardio,
Ensejando a piedade do tempo, que é rijo,
Voltar aos seus primores.
Nem a traição num inconfidente poderia
Aliviar-me, mas prossegui observando-os até o fim,
Até o crepúsculo preconceituoso do século, cobrir-me de indignação.
Se encontratam e foram abraçados, entrelaçando braços em passos firmes.
Entrelaçando as pernas em abraços felizes,
Assim éramos quando a tinha perto de mim,
Assim eram nossos abraços 
Assim os sentimentos me confundiam, enfim, até o fim.