Posso fingir a existência derradeira,
No ser, mingua a essência da solidão,
Entra sem bater a amarga escuridão,
Uma mágoa desprovida verdadeira.
 
Ainda a fugir a ausência alvissareira,
O viver, repleto de coerência e razão,
Porém sem perceber, trava coração...
Na ingratidão desta vida passageira.
 
Preso permanecerá o pensamento,
Na ocasião de revelar as decepções,
Este sentimento que rege tentações!
 
Que homem ou mulher no momento...
Sentem no ínfimo interior das paixões,
Na certa angustia de tais desilusões.

Carlos Henrique Costa
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