PROVA DE FOGO
 
Peguei a Bíblia Sagrada
Com muita fé e devoção
Fui lendo atentamente
Com muita dedicação
Deparei-me com uma história
Que chamou minha atenção
 
Na província da Babilônia
Três rapazes existiam
Que eram servos de Deus vivo
Por isso nada temiam
 
O rei que ali reinava
Por nome Nabucodonosor
Fez uma estátua de ouro
Pra tê-la como Senhor
E levantou-a lá no campo
Pra adorarem com amor
 
Então o rei convocou
Todas as autoridades
De todas aquelas províncias
Todas as localidades
Para a consagração da imagem
Com muitas festividades
 
Naquela ocasião
O arauto apregoava
E dizendo em alta voz
Um novo decreto lançava
 
Dizia pra todo o povo
Daquela grande região
Que quando a banda tocasse
Teriam a obrigação
De adorar aquela imagem
Todos prostrados ao chão
 
E todos que não adorassem
Aquela imagem e ficasse
Sem se prostrar pelo chão
Seria lançado urgente
No forno de fogo ardente
Esta era a condenação
 
Portanto no mesmo instante
Que o povo ouviu tocar
O som da banda de música
Se, prostraram a adorar,
Aquela estátua de ouro
Que o rei mandou levantar
 
Porém aqueles três moços 
                                                      A imagem não adoraram   
E naquele mesmo instante
Alguns caldeus se achegaram
Para Nabucodonosor
Dessa maneira falaram:
 
Oh! Rei vive eternamente
Uma coisa viemos dizer,
Sobre o decreto que fizeste
Para o povo obedecer
Porém três jovens judeus
Não quiseram nem saber
De adorar a imagem
Que você fez para nos valer
 
Segundo diz o decreto
Todo o que não adorar
No forno de fogo ardente
Certamente irá lançar
 
Aqueles homens falavam
De Abednego, de Mesaque
Também do outro companheiro
Que se chamava Sadraque
 
Então o rei muito irado
Mandou os jovens chamar
Reprimindo-os duramente
Dizendo: - Quem é o Deus
Que poderá vos livrar?
 
E os três só responderam
Resposta não vamos dar
Eis que o Deus a quem servimos
É quem pode nos salvar
Ele nos livrará do forno,
Seja quente frio ou morno
Ilesos vamos ficar
 
E fique sabendo, ó rei
Que não vamos adorar
Seus deuses, suas imagens
 As quais mandou levantar
Nem diante dessa estátua
Nós iremos nos prostrar
 
Então Nabucodonosor
Todo cheio de furor
Mudou o aspecto do semblante
E mandou que acendesse
O forno e aquecesse
Naquele mesmo instante
 
O forno foi aquecido
Sete vezes mais
Do que se acostuma aquecer
E o rei mandou que atassem
Os três jovens e jogassem
No forno que estava a arder
Então foram amarrados
Naquele forno jogados
Pelos soldados do rei
O forno estava tão quente
Que matou aquela gente
Que lançaram aqueles três
 
O rei começou olhar
E ficou muito espantado
Levantou-se depressa
Ao ver  o que tinha se dado
Perguntou aos capitães:
Não foram três homens lançados?
Eu, porém estou vendo quatro
E estão todos desatados
Passeando em meio ao fogo
E nenhum está queimado
E o quarto homem parece
Filho dos deuses sagrados
 
Então o rei se chegou
À porta do forno e falou
Podem sair agora
 
Pelos seus nomes chamando
E os três vieram andando
E saíram, porta afora
Vieram as autoridades
Todo o povo a olhar
Pois nada tinham  sofrido
No forno a chamejar
 Por incrível que pareça
Nem um só cabelo da cabeça
O fogo pôde queimar
 
E logo o rei foi dizendo
Bendito é o Deus desses três
Porque enviou o seu anjo
Que os livrou de uma vez
Porque em Deus confiaram
A imagem não adoraram
Não fizeram como vocês
 
Outro decreto foi feito
Pelo rei imediatamente
A todos que blasfemar
Contra o Deus Onipotente
Destruirei suas casas
Disse o rei severamente
Pois não existe outro Deus
Que possa livrar os seus
Do forno de fogo ardente
 
E o rei logo promoveu
De cargo os três rapazes
Pois viu que com o Senhor Deus
De tudo eram capazes
Que cargos bons mereciam
E aos seus olhos pareciam
Serem muito eficazes
 
E aqui termina a história
Muito linda e comovente
História que pode mudar
A vida de muita gente
E se queres o livramento
De algum mal, algum tormento
Peça ao Deus onipotente.
 
 
 
 
 

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