Sendo minhas mãos os fechos do livro
E, cruzando-as sobre meu ventre,
Alguém as descruza, lembro-me dela e livro,
Porque a atitude lhe dava a imagem de um defunto, dentre.
Aquele vinha ágil, destro vibrante, cheio de si,
Um pouco difuso, audaz, sabedor, mas ao cabo tão
Miserável como os primeiros, e assim passou ti,
E assim passaram os outros com a mesma rapidez e lentidão
A imagem de um sonho inerente, rápido,
Capaz de lidar com os últimos instantes, a longa vida,
Póstuma, o último passou enfim, passou rígido,
Passei, no delírio do momento que recordo,
Importo, preencho-o com contos memoriais,
Descruzando-os, o conhecimento transcende, entendo.
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